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segunda-feira, 16 de setembro de 2013

A Inquisição na América espanhola é tema de especial inédito do History

A história mais obscura da Igreja Católica se fez presente na América Latina. Foi um período de perseguição e tortura aos indígenas nativos, aos judeus e protestantes expulsos da Europa e aos opositores do poder religioso, que marcou o continente para sempre. Em Inquisição, especial de duas horas que o HISTORY estreia no dia 20/9, sexta-feira, às 22h, esse momento histórico pouco lembrado é explicado em detalhes.

Fundado pelo papa Gregório IX, o Tribunal do Santo Ofício, ou Inquisição, foi criado para investigar e punir quem era contra os dogmas da Igreja Católica. Além da medieval, houve a Inquisição moderna no século XIV, que se estendeu ao século XIX, e foi considerada a mais violenta. Nesta, o alvo eram os judeus e os novos cristãos, os recém-convertidos ao Catolicismo, acusados de praticar secretamente suas religiões ancestrais.

Logo após o período das descobertas, as notícias provenientes da América relatavam uma terra próspera, abundante e selvagem. E surpreendeu aos reis católicos a quantidade de divindades, idolatrias e rituais, incluindo sacrifícios humanos, dos índios. Daí a necessidade de uma evangelização cristã, que também atenderia ao objetivo político de conquistar e ampliar os domínios na monarquia. Além disso, no século XVI havia uma grande quantidade de cristãos supostamente convertidos, como judeus e protestantes, que vislumbravam a oportunidade de manter suas tradições e crenças livres da opressão no Novo Mundo. A Inquisição também perseguiu bígamos e pessoas acusadas de bruxaria.

México, Lima e Cartagena de Índias foram os três locais onde foram criados Tribunais do Santo Ofício da Inquisição, entre 1569 e 1571. A Inquisição foi considerada altamente cruel, uma vez que as punições eram pesadas e acarretavam desde confisco de bens - que também se transformou numa atividade altamente rentável para os cofres da Igreja - à prisão perpétua e morte na fogueira.

Em seu papado, João Paulo II pediu oficialmente perdão, em nome da Igreja Católica, pelos “pecados da Igreja”, entre os quais incluía as perseguições pela Inquisição, reconhecendo abusos e faltas.

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