A DEMISSÃO DE FLÁVIO GOMES

Foto: Portal Imprensa UOl

Comentário semanal sobre a programação esportiva, por Albio Fabian Melchioretto.

Na semana que passou o que movimentou a mídia esportiva foi a demissão de Flávio Gomes dos canais ESPN após um embate com torcedores gremistas, entre outros, após o jogo entre Portuguesa x Grêmio pelo brasileirão. Vou transcrever aqui o texto que enviei ao site Papo de Bola do nobre Edu César.

O que vejo no caso do Flávio Gomes, é algo que já postei nas redes sociais virtuais, que o canal ao despedi-lo está exercendo uma autocensura nada velada, porém acredito que todas as mídias esportivas devam fazer isto por conta de seus mais diferentes interesses – sem julgá-los. E vou citar o pensamento de Voltaire que na França Revolucionara brigara pela liberdade de discurso: “posso não concordar com o que você diz, mas vou lutar pelo seu direito de dizê-las”. O princípio básico da liberdade de expressão. Mas penso que a demissão não deva ser apenas pelos último comentários, mas por algo a mais que nós pobres mortais desconhecemos, pois os canais ESPN sempre prezaram pela liberdade de opinião. A crítica aberta e posta ao diálogo é frutífera, porém, se direcionada e com palavrões passa a ser ofensiva e aqui, para além da censura e liberdade de expressão existe também questões de ética profissional, mesmo num ambiente privado. A pessoa ao tornar-se profissionalmente conhecida ela abre mão de alguns espaços privados, principalmente ao falarmos de redes sociais virtuais. E lendo a coluna de Mauro Beting concordo também com a frase “precisamos de mais Flavio Gomes” pois ele é capaz de questionar o óbvio, promover uma crise e conduzir o leitor mais atento para um momento de reflexão.

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